Esta crônica foi escrita por um membro da comunidade do Lyoto Machida no orkut.
Autor: Hugo Leonardo
Autor: Hugo Leonardo
Ao escrever esta crônica quero recordar em especial dos antigos heróis orientais e seus códigos de honra, dos samurais e líderes milicianos, que preferiam ser mortos a ter que suportar a dor de sua nação em desgraça. Me recordo de muitos filmes onde o samurai preferia a morte, a ter de sucumbir a perda da honra. Neste tipo de combate, a morte ou a derrota não significava necessariamente fracasso, poderia também significar liberdade, pois a doação por sua causa era mais valiosa do que as pompas de uma glória usurpada.
Pois bem, neste final de semana pude assistir ao vivo a total libertação do nosso glorioso dragão Lyoto Machida, sim libertação! Libertação porque Lyoto como grande campeão que é, não nasceu por sua técnica e honra para ser vaiado, escurraçado ou para ter sua límpida imagem de bravo guerreiro associada à injusta glória. Não longe disso.Tornou-se conhecido pelo seu estilo limpo e racional (as vezes até chato confesso!) de lutar dentro das regras do MMA e ali construiu sua história e glória.
Entretanto, todos nós na vida estamos sujeitos aos altos e baixos que a vida nos permite viver, ondas estas que até o grande campeão Maurício Shogun pôde experimentar ao ser derrotado por Griffin, derrota que não o fez menor, pelo contrário o ensinou a perceber que, assim como Machida é feito de carne e sangue como todo e qualquer mortal.
No primeiro combate entre Shogun e Lyoto, o mundo testemunhou uma das maiores atrocidades da injusta do esporte, e essa atrocidade não foi a derrota de Shogun, mas sim a injusta vitória de Machida. Pobre Machida! Em meio ao Marketing exagerado e as pompas da TV, ostentou consigo uma glória que não lhe pertencia, que não era digna do grande dragão Paraense Lyoto Machida.
Atrocidade, porque esta glória indevida abalou não o coração de Lyoto, mas si o seu espírito, sua consciência de ter consigo durante meses um cinturão questionado, vaiado e contestado devido aos incompetentes Juízes.
A segunda luta entre o Dragão e o Shogun não seria necessária, porém precisou acontecer, e isso minou, denegriu e aprisionou Lyoto Machida que aos holofotes da TV dizia meio sem Jeito: “eu acho que venci, se perguntarem ao Shogun ele também acha que ganhou, então nada melhor que um tira-teima para resolver essa situação!”_ Pobre Lyoto! No fundo ele estava dizendo, nada melhor do que uma luta para libertar a minha consciência e mérito. Ele não suportava mais o eco das agressões verbais.
Pois bem, assim como os antigos guerreiros orientais, Machida subiu ao Octagon para enfrentar o maior pesadelo de sua carreira. Lyoto abriu mão de suas características, da pompa, do Marketing, dos pontos – enfrentou Shogun de peito aberto, na trocação, na coragem, nos chutes, no solo, na garra e, como era de se esperar que um verdadeiro guerreiro lutasse, o campeão foi coroado com o golpe de misericórdia, no olho, na lona. Assim como os antigos guerreiros, recebeu sua sentença! Surgiu merecidamente um novo campeão, seu nome: MAURÍCIO SHOGUN! Lyoto conhecerá agora seus verdadeiros amigos e que ninguém duvide de sua capacidade pois ele agora mais do que nunca sabe que é humano e que também pode perder, porém agora Lyoto está livre deste peso e deste fardo. Poderá erguer sua cabeça como campeão que é, Lyoto cumpriu seu código de honra, O ESPÍRITO DO DRAGÃO ESTÁ LIVRE!!
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